2012 vem aí.
Há tempos atrás, o quadro acima talvez representasse um pedaço dos desejos de qualquer um que produzisse música. Em 2011, por incrível que todas as ferramentas tecnológicas possibilitem com informação e acesso, questiono o interesse, daqueles que deveriam ser os mais interessados.
Os pedaços viraram 1 inteiro, sobrando para o palco, a responsabilidade de ser não só o grande, mas praticamente, o único canal de distribuição sustentável.
Concentração é uma questionável tendência humana, e no caso da música, sobrou para o palco: do show ao coquetel, passando pelo debate, talk show e por aí em diante.
Porém, como fazer para chamar a atenção para o palco, sem ter novidades materializadas em algum formato, e consequentemente, manter a atratividade de uma carreira?
Por outro lado, tem palco/público para todos? Para tantos?
Que venha 2012.
O que acontecerá no universo da música, poucos se arriscam; ainda mais em tempos em que música virou evento, a partir inclusive, dos que melhor se articulam, e não necessariamente, compõem ou interpretam. Aliás, já tentaram assobiar uma música lançada neste ano que marcou 2011 em 5 segundos? Repita o exercício considerando a década passada e perceberá que ficará mais fácil a partir dos anos 90 para trás? Quem sabe, não era diferente na época dos eventos de música? Ou será porque também tinha muita concentração?
Já que concentramos de vez, aproveito para agradecer o trabalho fidelizado de 8 anos entre GRV e Tratore, que nos permite apresentar o resultado acima; contraditoriamente de forma espalhada, e felizmente rentável, por todo mundo.
Na Austrália nos destacamos com o BossaFunk, no Japão com o Partido Alto, na Colômbia com o Metal do Cerrado e por aí em diante. O nome disso não é globalização, e sim: trabalho; com persistência e determinação, chegando até a teimosia.
Alguns poderiam perguntar: para que? Enquanto comemoramos; responderia: deixa para 2012.
Musicalmente
Gustavo Vasconcellos
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