quarta-feira, 1 de junho de 2011

TOP 5 | GRV DISCOS | 1º trimestre de 2011

       
        O pouco que é muito, mas que certamente poderia ser muito maior.

Sempre me questiono quando recebo relatórios de vendas: porque reduziram a importância e até a mesmo a utilidade dos verbos vender e comprar neste segmento econômico?

Que baixar, downloadar, liberar são os verbos do momento; dessa realidade ninguém duvida, mas duvido se todos aqueles que produzem, não gostariam de receber o máximo que suas produções possibilitam. Não seria muito melhor receber por tudo; desde a criação, passando pelo que se materializa, independente de formatos, até chegarmos nos teóricos bons rendimentos de shows e desdobramentos?

Acompanho com interesse o surgimento de debates, fóruns e seminários, sobre economia da Cultura, da Música ou Criativa, mas, ano passado, no programa FMI nas Ondas do Rádio | Cultura FM, ao longo das entrevistas semanais que fizemos com 85 novos artistas brasilienses que participaram da II edição do Festival Caça Bandas, por incrível que pareça, nenhum deles: falou, expressou ou citou,  verbos ou mecanismos de sustentação de qualquer atividade econômica.

Enquanto isso, distraidamente, presenciei outro dia, uma reunião de uma nova associação em Brasília, discutindo alternativas, e questionando entre outras coisas, o quanto é difícil ter um fluxo de público e quiçá de pagantes que pelo menos arque com os custos de suas produções “ao vivo”.  Quanta coincidência. Será isso uma ciência?

Bom, como esta é uma questão ampla e complexa, façamos uma pausa para celebrar e ao mesmo tempo agradecer a todos que adquiriram as produções dos ousados e bravos artistas de nosso catálogo, seja de mão em mão, em lojas de rua, shoppings, livrarias de esquina, shows, magazines, portais digitais ou telefonia móvel; no Brasil, na América Latina e em todo o mundo.

Em dinheiro, cheque ou cartão, a única coisa que queremos, é continuar produzindo.

Musicalmente
Gustavo Vasconcellos

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